sexta-feira, novembro 2

“Suburbia” tem até tentativa de estupro ao som de Roberto Carlos

Injustiça, amizade, música, um passeio pela zona norte carioca e uma tentativa de estupro embalada por uma música do Rei Roberto Carlos. A estreia de "Suburbia", que veio depois de outra novidade menos atraente (a série "Como Aproveitar o Fim do Mundo"), foi literalmente chocante e deve ter feito muita gente lamentar o fato de a próxima quinta-feira estar ainda um pouco longe.
A fotografia da trama foi um show à parte, os atores novatos passsaram segurança e  é prazeroso ver o Brasil sendo retratado da forma mais real possível.

A nova série agrada e machuca, mas faz parte. Claro que vão dizer que o negro só é retratado na TV como morador de subúrbio (ou periferia), como empregado ou como bandido. E não deixa de ser uma verdade, mas o fato é que a trama, dirigida por Luiz Fernando Carvalho e escrita por Paulo Lins, vai muito além disso.

"Suburbia" se aprofunda na origem de Conceição (Erica Januza), a protagonista da  história_ que foi praticamente criada numa carvoaria_ e retrata a realidade de uma parte de negros, mulatos e nordestinos. Fala também da questão social. Se existisse na Globo uma versão brasileira do diretor americano Spike Lee, talvez esse olhar fosse diferente, melhor e mais amplo, mas não é o caso.  É preciso louvar quem tenta (ao menos) quebrar uma barreira estética e contar uma boa história. Já são dois motivos para não perder o segundo episódio de "Suburbia".

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